ANTONIO CALIGIURI, MEU PAI, DEZOITO ANOS SEM A SUA ADORADA PRESENÇA!... (*Aninha Caligiuri*)

[Aninha Caligiuri]

No dia 03 de outubro de 1910, na cidade de Viradouro - SP., o senhor nascia do ventre de sua mãezinha - a minha muito amada vovó Luzia Chiara.

Os anos podem passar!... Os dias podem passar !...

Ah, meu pai, não o esqueço, não o esquecerei nunca!... Aquele pai companheiro, amigo de todos os instantes.

O que mais aprendi desde pequenina, foi o pensamento e gesto de agradecer sempre, todas as bençãos e todas as dádivas do Maravilhoso Deus nas vidas de todos os terráqueos.

O que o senhor me deu, meu pai Antonio Caligiuri?!... O sentido profundo de obedecer. O senhor me ensinou a obediência e eu vejo o tesouro que tenho nas mãos! Ser obediente, fazer o correto, zelar pelos princípios, ser inteira em meus mínimos gestos.

Eu agradeço de joelhos ao Grande Deus, pelo ser maravilhoso com o qual me agraciou - meu pai Antonio Caligiuri.

Ah, Caligiuri, meu pai, destemido calabrês, jamais colocou uma gota de álcool na boca!... Foi enérgico, mas foi por ser o senhor dessa maneira que eu me moldei!

Ah, paizinho, jamais sairei um milímetro de tudo o que o senhor me ensinou!...

Choro sim, mas de muitas saudades e jamais ofenderei  o Grande Deus, porque retirou o senhor de nós, sua família, e o levou para as Esferas do Outro Lado da Vida!... Não ofenderei o meu Deus, jamais!

Eu choro de saudades. O que o senhor, meu pai, Antonio Caligiuri e o vovô Caligiuri Pasquale Francesco, seu pai, me deram, carrego em minha alma como o maior tesouro, com o qual Deus agraciou-me para toda a minha vida até agora e que levarei comigo em meu âmago, quando Deus determinar o dia que terei de deixar este Plano da Superfície.

Ah, meu pai Caligiuri, desde que vi pela vez primeira a Certidão de Nascimento do vovô e vi seu cognome Caligiuri na grafia correta, incorporei-o levando-o até as mais distantes paragens do nosso Planeta Terra. E é assim que pretendo continuar com meus passos nas estradas que abracei.

O que Deus me deu?!... Deu-me tudo. Meu vovô Caligiuri, deu-me o seu cognome Caligiuri - Kallogheros - da Grécia para a Calábria.

Deus Maravilhoso, graças infinitas por estar com Vossos Olhos dirigidos à mim em todos os instantes de meu viver!

(*ANINHA CALIGIURI*).